quinta-feira, 2 de junho de 2011

Só o que não se sabe do outro é potencialidade de amor. O óbvio certeiro é um limite que o olho nos dá. Mas além das frases feitas, dos gestos repetitivos, das normas, da formas, das fôrmas sempre iguais; existe o inconsistente, um intangível não depreciável... Mas é preciso enxergá-lo pra sabê-lo.
É preciso tocar as almas com as mãos da voz. Com o tato do silêncio... engolir os cheiros...
Aqui, é um lugar indefinido.
Nas paredes brancas não vejo retratos.
Na paisagem não vejo nenhuma lembrança.
Aqui, foi apenas uma escolha sem previsões, mesmo que um mapa manuscrito tivesse na mão para chegar. Joguei fora a bussola. Porque “aqui” me levará para o inesperado. E o que mais poderia querer nesse momento?!
Não vejo mar nesses dez graus de sonhos. Não escuto batida de congo.
“e agora parece observar-me tão espantada quanto estou com esse nosso inesperado encontro”.

Para Kris.

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